Autárquicas 2021 | Secção de Lisboa e Vale do Tejo questiona candidatos (Lisboa)
— 20.09.2021
A Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo enviou um conjunto de perguntas a candidatos às Autárquicas 2021.
As questões foram enviadas a candidatos a autarquias da área de Lisboa e Vale do Tejo, no prosseguimento das competências da Ordem dos Arquitetos quanto à salvaguarda do interesse constitucional pelo correto ordenamento do território, por um urbanismo de qualidade, pela defesa e promoção da paisagem, do património edificado, do ambiente e da qualidade de vida, e pelo direito à arquitetura.
Foram enviadas questões aos candidatos de todos os partidos e movimento cívicos às câmaras de Abrantes, Alcobaça, Benavente, Caldas da Rainha, Cartaxo, Cascais, Lisboa, Ourém, Santarém, Sintra, Tomar e Torres Vedras.
As questões enviadas aos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa foram as seguintes:
1. A ideia da cidade dos 15 minutos assenta em quatro eixos: ecologia, proximidade, solidariedade e participação cidadã, procurando fazer relações multicêntricas na cidade. É possível implementar esta ideia para Lisboa a uma escala metropolitana? Que políticas públicas e infra-estruturas é necessário implementar no domínio da mobilidade para o desenvolvimento da cidade enquanto cidade-região?
2. Lisboa tem perdido população com menor capacidade económica, fundamental para o tecido social. Quer travar este processo ou deixar que o mercado se encarregue desse equilíbrio? Quais as medidas concretas que quer fazer neste campo?
3. Lisboa tem tido uma política errática relativamente à contratação dos serviços de arquitectura, não defendendo sempre os interesses da cidade. Qual é a forma preferencial para seleccionar as melhores propostas para os projectos de iniciativa municipal?
4. Lisboa sofreu uma grande massificação do turismo, deixando pouco “espaço” para as populações dos seus bairros. Por outro lado, o turismo tem sido a grande fonte de receita da cidade (CML e moradores). A Câmara deve ser um regulador deste fenómeno? Se sim, de que forma?
5. Qual a sua estratégia para a revitalização do património (municipal e do Estado) que está desativado ou abandonado na cidade?
6. Quais os projectos concretos de edifícios ou espaço público que pretende implantar na cidade? Quer prosseguir com o processo em curso para a praça do Martim Moniz?
7. O não cumprimento generalizado dos prazos definidos por lei (RJUE) tem tido um impacto negativo considerável em ateliers e promotores, e tem afastado investimento na cidade. Quais as medidas concretas que propõe para que os serviços municipais cumpram com os prazos definidos por lei (RJUE) na apreciação de operações urbanísticas? Que medidas compensatórias seria possível considerar?
8. Caso seja eleito, que nome propõe para a vereação do urbanismo? Será um/a arquitecto/a? Pretende fazer alterações nas chefias do departamento de urbanismo?
9. Vai fazer alterações à orgânica dos serviços de urbanismo? Que medidas concretas propõe para a melhoria do acesso dos cidadãos e dos técnicos aos serviços do urbanismo?
10. Consideramos de grande importância a participação dos arquitectos e do seu conhecimento específico na definição das estratégias para a cidade. Como podemos estimular essa participação?
RESPOSTAS OBTIDAS