Chamar arquitectos à base
— 05.10.2016
Sofia Machado Santos, coordenadora da plataforma de filmes e documentários de arquitectura ibérica LAMIPA e curadora, para o Arquitecturas Film Festival dos debates e da masterclass, diz que se trata de uma chamada de arquitectos à base.
Uma chamada de arquitectos à base significa uma forma de tentar reunir arquitectos e outros profissionais com intervenção na cidade, antropólogos, urbanistas, sociólogos, geógrafos, num contexto em que se sente não haver muita participação das pessoas na definição de estratégias colectivas.
O festival tem tido um formato expositivo a que acresce, este ano, um formato mais participativo em função das várias actividades paralelas à exibição de filmes, contribuindo para um trabalho cívico, em que a detecção de problemas corresponde uma procura de soluções. O tema da quarta edição – Rehab nation – toma como ponto a reabilitação do território para pensar como é que ela se desenvolve na sua urgência, na necessidade de participação dos profissionais e dos habitantes, que não podem ser vistos como meros destinatários das políticas que se lhes aplicam.
O tema da reabilitação desenvolve-se, nos debates projectados, em quatro escalas, a partir da casa como unidade mínima e de referência (Família), passando para o bairro como relação de vizinhança (Comunidade), para a cidade como infra-estrutura (Sociedade) até ao território genericamente considerado (Humanidade).
A arquitecta Sofia Machado Santos é coordenadora da plataforma para internacionalização da arquitectura e sector da construção ibérica (LAMIPA) e docente de arquitectura na Universidade de Lisboa.
O programa do Arquitecturas Film Festival foi ontem apresentado na sala de projecções da Central Tejo, integrado na abertura do museu de arte, arquitectura e tecnologia, seguindo-se a exibição de um filme (Blockchain, do estúdio de arquitectura Space Caviar).